Uso de maturador oferece ganhos não só no início da safra canavieira

Aplicação de maturador no período de 15 de setembro até meados de novembro tem o objetivo de manter os níveis de sacarose da planta

Para ser economicamente viável, o setor sucroenergético sempre valorizou o aumento da produtividade dos canaviais – medida em Toneladas de Cana por Hectare (TCH). No entanto, outra exigência passou a fazer parte do dia a dia do universo canavieiro – é fundamental elevar a qualidade da matéria-prima – mensurada em Açúcares Totais Recuperáveis (ATR).

Um dos pontos básicos para a maior concentração de açúcar é a maturação da cana. Segundo pesquisador do Instituto Agronômico (IAC), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Carlos Alberto Mathias Azania, a maturação natural da cana ocorre a partir do momento em que a planta é exposta a dois fatores ambientais específicos: estresse hídrico e estresse térmico.

Na região Centro-Sul a colheita da cana-de-açúcar se inicia entre o final de março e o início de abril e termina em novembro ou dezembro. Nessa janela mais ampla, há momentos em que o canavial que será colhido não se encontra em condições favoráveis para sua maturação natural. Por conta disso, usinas e agrícolas apostam no emprego dos maturadores para colher com produtividade, qualidade e alto rendimento, mesmo estando nas “pontas” da safra.

Para o pesquisador do IAC, a principal janela de aplicação dos maturadores é no início do ciclo, entre 15 de fevereiro e o final de abril. “Esse é um período bastante vegetativo para a cana, pois ainda não existem estímulos naturais para sua maturação. Os maturadores aplicados nesse momento irão diminuir seu ritmo de crescimento. A planta continuará seu processo de fotossíntese, porém, toda a energia produzida em forma de glicose e frutose não será convertida para produção de colmos ou de flores, mas para o acúmulo de sacarose. Dessa forma, é possível adiantar o início da moagem para o final de março ou começo de abril.”

No entanto, o pesquisador defende a aplicação de maturador em outras fases da colheita. Nos meses de maio e junho só deve ocorrer, segundo Azania, em regiões onde a pluviosidade permanece alta. Já nos meses de julho e agosto, a cana irá acumular naturalmente sacarose. E para manter esses níveis de sacarose da planta, que naturalmente volta a receber estímulos para crescer em função do retorno das chuvas, o indicado é aplicar o maturador de 15 de setembro até meados de novembro.

Produtores e usinas devem apostar em maturadores de ação rápida, como o produto da IHARA, que pode ser aplicado a partir de 15 dias antes da colheita

O grande desafio dos agricultores é se antecipar as condições climáticas que oscilam a cada ano e definir a melhor ferramenta e momento ideal para aplicação. No entanto, a grande questão é: qual tecnologia utilizar para promover maturação e manter o crescimento do canavial? A resposta está na velocidade de ação do maturador, pois isto facilita a tomada de decisão.

O consultor de desenvolvimento de mercado da IHARA, Thiago Duarte, ressalta a existência de duas tecnologias distintas para a maturação: produtos de ação lenta, que devem ser aplicados cerca de 45 dias antes da colheita, em pleno verão, comprometendo o crescimento da cana; e maturadores de ação rápida, como o RIPER, que pode ser aplicado a partir de 15 dias antes da colheita, preservando até 30 dias de pleno crescimento da cultura que assegurará maior produção de toneladas de cana e consequentemente maior quantidade de açúcar por hectare.

“O RIPER é um maturador altamente sistêmico, cuja principal característica é a flexibilidade de aplicação, podendo ser utilizado no início, meio ou final de safra. Além disso, ele pode ser posicionado de 15 a 45 dias antes da colheita, impactando o menos possível na produtividade e extraindo o máximo em TAH (Toneladas de Açúcar por Hectare).”

A recomendação de RIPER é de 75ml por hectare, sempre associado ao IHAROL GOLD, óleo mineral que potencializará a entrada do maturador dentro da folha da cana, possibilitando um maior retorno sobre o investimento, que pode chegar a R$ 6,00 para cada R$ 1,00 investido.

Fonte: CanaOnline

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