Mais de 35,2 milhões de hectares do território nacional devem ser semeados somente com soja na safra 2018/2019, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Essa área é 3,7% superior à temporada passada, e vem crescendo ano após ano. Nas últimas 12 safras, o incremento foi de 14,5 milhões de hectares. Como costuma se dizer, trata-se uma verdadeira fábrica agrícola a céu aberto, com desafios e características muito particulares em cada região do País, o que pede estratégias sustentáveis de manejo também específicas para que se consiga elevar os níveis de produtividade.
É aí que entra o empenho da cadeia produtiva em busca de novas e viáveis soluções. No caso de combate e controle de pragas, doenças e plantas daninhas, o manejo eficiente é um dos fatores mais importantes, com tendências cada vez mais voltadas para aumento de produtividade, redução de custo e preservação dos recursos naturais. “Os avanços da biotecnologia no controle de plantas daninhas e combate à resistência das pragas aos defensivos são um exemplo disso”, afirma Sergio Zambon, gerente técnico de Desenvolvimento de Mercado da BASF.
Zambon também destaca o maior rendimento das plantas como um fator que ganha mais relevância a cada safra. “O desenvolvimento genético da cultura garante maior produtividade por hectare com materiais de ciclo mais curto”, acrescenta o especialista. Para Mario Ikeda, R&D Global Expert da BASF, a precocidade das plantas é um reforço à prevenção sanitária. “Quanto menos tempo as plantas ficarem no campo, menor é sua exposição a doenças tão prejudiciais como a ferrugem”, ressalta. Ikeda diz que a combinação de precocidade e produtividade é uma mudança importante no segmento da soja. “Antigamente dizia-se que era impossível ter uma planta precoce e produtiva, até pelo pouco tempo de exposição à radiação solar. E hoje esta é uma das grandes alterações da cultura da soja nos últimos anos”, diz.
O melhor aproveitamento das vantagens oferecidas pelas novas opções da cultura depende diretamente da eficiência do manejo aplicado pelos produtores. É essencial conhecer e compreender as características dessas variedades, até para protegê-las. A exemplo do índice de área foliar (IAF). “Antes, em cada hectare de terra as plantas de soja apresentavam sete hectares de área foliar. Hoje, as variedades mais precoces têm, no máximo, quatro hectares de área foliar”, compara Ikeda, que continua: “Isso é uma característica intrínseca da planta, então é preciso evitar que sejam atacadas por lagartas e doenças, ainda que sejam mais resistentes à praga”.
Nessa mesma linha de raciocínio, Ikeda chama a atenção para a utilização de variedades indeterminadas, que florescem durante o desenvolvimento da planta, e não em um período específico, como ocorria antes. Se por um lado essa condição reflete a precocidade das plantas, por outro tem impacto direto no controle de percevejos, que podem atacar a qualquer momento. O avanço das soluções tecnológicas traz inúmeras vantagens aos agricultores rurais, mas também exige maior comprometimento com o manejo e o monitoramento das lavouras.
Ikeda cita, por exemplo, a necessidade de maior atenção com a mosca branca, inseto que não era visto como um problema grave pelos sojicultores, mas que vem ganhando importância. “Como na soja não é um vetor de doenças, não gerava tanta preocupação. Mas a crescente infestação, resultado de sua multiplicação de forma desordenada, passou a gerar danos diretos às lavouras. A mosca branca suga a seiva das plantas e prejudica seu desenvolvimento, impactando negativamente na produtividade”, esclarece.
Vale a pena insistir em quão determinante é o manejo para que se tenha resultados superiores no controle sanitário e, por consequência, na produtividade. A BASF realiza intenso e abrangente trabalho para garantir o melhor desempenho nesse campo, seja com novas tecnologias, seja com assistência aos produtores para que usem as soluções de maneira adequada e no momento correto. Em outras palavras, contribui para que realizem o manejo estratégico de suas lavouras. “O que levamos ao mercado hoje começou a ser pensado há dez anos. Antes de estar disponível, essa tecnologia passa pela validação de nossas equipes e órgãos oficiais, com as adaptações necessárias para que sejam viáveis em cada região onde será aplicada. E até de alguns de nossos clientes, agricultores líderes que a utilizam em seus campos de teste”, observa Ikeda. Por conta de sua variedade, o portfólio da BASF oferece soluções completas, pois de forma isolada ou em associação, os produtos asseguram a proteção e condição adequada para que as lavouras alcancem – ou até superem – a performance esperada.
Fonte: Notícias Agrícolas