Soja: alta do mercado não foi o que se esperava

Os preços que os compradores puderam oferecer sobre rodas nos portos brasileiros recuaram 1,38%

O mercado brasileiro da soja devolveu a expectativa de alta, mas o resultado não foi aquilo que os vendedores esperavam, tanto que, nesta segunda feira, foi registrada queda de 1,46% na cotação da soja em Chicago e de 0,15% na cotação do dólar no Brasil. De acordo com o especialista Luiz Fernando Pacheco, analista da T&F Consultoria Agroeconômica, os preços brasileiros também recuaram.

“Como os prêmios tiveram altos e baixos nesta segunda-feira, em relação aos de sexta, o resultado final foi que os preços que os compradores puderam oferecer sobre rodas nos portos brasileiros recuaram 1,38% para R$ 77,81/saca aumentando para 4,88% as perdas de julho, segundo dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). No interior, como os fatores são outros, os preços recuaram apenas 0,01%, para R$ 73,50/saca, aumentando as perdas do mês para 2,91% (veja-se que os preços no interior estão mais firmes do que no porto, dado o ressurgimento da demanda de farelo e agora do óleo)”, comenta Pacheco.

“O mercado de Paper em Paranaguá esteve 5 cents mais firme, mas, assim mesmo, não reportou negócios realizados. Os prêmios C&F (CIF portos da China) da soja brasileira permaneceram estáveis em 187q para agosto e subiram para 198 (192)q para setembro. Os prêmios da soja argentina permaneceram inalterados em 165q, assim como os da soja americana, que estavam em 200q para agosto e 185q para setembro e 152q agosto nos portos do Pacífico. No porto de Dallian, na China, a soja física fechou a US$ 491,63 (491,48)/t, o farelo de soja a US$ 416,50 (418,68) e o óleo de soja a US$ 785,62 (785,62)/t”, completa.

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