Seguro rural reduz prejuízos ao agricultor

Empresas se unem para esclarecer dúvidas e mostrar os benefícios de garantir a safra

Se tem um fator fundamental e que pode fazer a diferença nas diferentes regiões, culturas e safras é o clima. Para tentar evitar ou minimizar as perdas ou ainda recuperar parte do investimento em caso de intempéries climáticas os produtores rurais podem contratar apólices de seguro rural. Em 2020, o Plano Safra do governo federal vai destinar R$ 1 bilhão para subvencionar a contratação. Esse é o maior montante que o programa receberá desde sua criação em 2004. Com esse valor, cerca de 150,5 mil produtores rurais poderão ter a safra segurada. Devem ser contratadas 212,1 mil apólices, com a cobertura de 15,6 milhões de hectares e valor segurado de R$ 42 bilhões.

Para contratar um seguro rural o produtor deve buscar uma seguradora. A Markel Seguros, a Garantia Corretora de Seguros e a Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (ANDAV) consolidaram uma parceria para simplificar o acesso do produtor ao montante de recursos. A expectativa nesta safra é de um volume médio de prêmios em torno de R$ 125 milhões e para 2020 até R$165 milhões.

A Markel Seguros, com mais de dez anos de atuação no Brasil, aposta no segmento agro para desenvolver a modalidade de seguro voltado ao setor. Com a sinalização de profissionalização no mercado, sinalização do governo com mais recursos a cada ano para o incentivo ao seguro rural, a empresa viu uma boa oportunidade. “Estamos muito satisfeitos e observamos como tem mudado a percepção do seguro como indispensável na indústria do agro. O clima não pode ser controlado mas as consequências disso para a lavoura sim. O seguro é aliado na profissionalização. Queremos trazer algo diferente e conscientizar o produtor dessa necessidade”, explica o presidente, Carlos Caputo.

O processo não é simples, uma vez que, precisa da conscientização do produtor, que observe como um produto para a garantia da sua lavoura, especialmente para os “grandes”. “Trata-se de algo a longo prazo e estamos aqui para ficar por longo prazo também e para ajudar, tanto o produtor quanto a cadeia produtiva, a se proteger dos problemas com o clima que possam vir a acontecer. Talvez ele contrate em uma safra e não tenha nenhum prejuízo mas ao longo dos períodos o investimento é compensado.”, destaca o vice-presidente da Markel, Gabriel Boyer.

A Garantia Corretora de Seguros atua há bastante tempo na área e percebe que a cada ano o interesse pelo segmento vem crescendo. “O crescimento é notório. O seguro é mais que um bom negócio. É algo necessário. As intempéries são cada vez mais evidentes e a única maneira de ficar tranquilo é contratando um seguro. Acredito que esse segmento vai crescer mais , acessar mais produtores e é um produto que vai se consolidar”, acredita o presidente, Juarez Dias.

Já a ANDAV entra na parceria com a divulgação aos associados e acredita que o seguro rural é uma importante ferramenta para o distribuidor voltada para o produtor rural, com a eliminação de riscos no processo.” O seguro poderá ser visto como um insumo adquirido na safra. É oportunidade de um pacote, incluindo os riscos climáticos junto com sementes, defensivos, fertilizantes e o que mais o agricultor precisar para o seu cultivo”, explica o presidente da entidade, Henrique Mazotini.

Quanto ao custo médio de contratação depende da região, do tipo de cultivo e do tipo de exposição ao risco, podendo de 1% do custo total até 5%. Em locais com riscos maiores reconhecidos os percentuais podem ser maiores.

Por: Agrolink -Eliza Maliszewski

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