Produção brasileira de algodão deve crescer

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) divulgou um levantamento no início de março que revela o crescimento do setor algodoeiro no Brasil. Na safra 2021/22, o país exportou 1,68 milhão de toneladas de algodão, gerando uma receita de US$ 3,208 bilhões. Com esses números, o Brasil se tornou o segundo maior exportador mundial da commodity, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

A produção total de algodão na safra alcançou 2,5 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 5,8% em relação ao período anterior. Para a safra 2022/23, é esperado um aumento de 1,3% na área plantada, totalizando 1,657 milhão de hectares. A produção estimada para esse período é de 2,94 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 17,6%.

Vagner Grade, consultor de desenvolvimento de produto na empresa brasileira TMG (Tropical Melhoramento & Genética), que trabalha com soluções genéticas para algodão, soja e milho, destaca que esses dados refletem o crescimento da cultura do algodão no Brasil devido aos investimentos contínuos em pesquisa e inovação. Ele ressalta que o país tem se destacado pela qualidade da fibra do algodão, o que é benéfico do ponto de vista comercial. Grade atribui esse cenário aos anos de pesquisa e desenvolvimento de variedades de algodão cada vez mais adaptadas às diferentes condições climáticas, pragas e doenças.

Segundo o especialista, o objetivo é conseguir colher um algodão com fibra de boa qualidade, um quesito muito importante para a indústria têxtil. “O HVI (High Volume Instrument) é considerado um conjunto de características bem importantes do produto final, mas depende de uma série de fatores, como potencial genético da cultivar, época de plantio, temperatura média, disponibilidade hídrica, interações entre o genótipo da cultivar e ambiente, manejo adequado e processo de maturação, além de cuidados no momento da colheita e do descaroçamento do algodão”, destaca.

Fonte:Agrolink

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