No estado do Rio Grande do Sul, ontem foi o primeiro dia desta safra sem notícias de exportação de trigo, segundo informações que foram divulgadas pela TF Agroeconômica. “No mercado interno, foco continua em entregar/carregar aquilo que já está contratado. Preços dos fretes estão em média 30% mais caros do que a 40 dias, inibindo novos negócios. Preços de pedra em Panambi foram cotados em R$ 83,00 (inalterado). Para Trigo de ração (PH 72 acima) indicação de R$ 1.520,00 porto de Imbituba SC para início de janeiro”, comenta.
Santa Catarina tem mercado inalterado enquanto continua buscando trigo no RS. “A exportação continua ofertando em Santa Catarina, R$ 1.560/t no porto de Imbituba, o que equivaleria a R$ 1.460,00 ou um pouco mais no interior ou R$ 88,00/saca, embora muitos agricultores queiram acima de R$ 90,00/saca. Ofertas de trigo de SC para o PR a R$ 1.620+ICMS CIF. Trigo gaúcho subiu para R$ 1.538,00 + 105 de frete, o que liquidaria CIF cerca de R$ 1.643,00”, completa.
Segundo o Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral), a concorrência com milho deve reduzir o plantio de trigo em 2022. “O mercado de trigo no Paraná continua com preços inalterados há mais de mês, com vendedores pedindo R$ 1.700,00, alguns FOB outros CIF, mas com compradores insistindo em R$1.650 CIF, tentando conseguir margens para as farinhas. Poucas ofertas, raros negócios. Nesta semana, lotes pontuais de trigo rodaram no spot na região dos Campos Gerais, no Paraná, a R$ 1.650 a tonelada FOB, com retirada até o fim de dezembro e pagamento em janeiro. Cerca de 5 mil a 6 mil toneladas foram comercializadas por este valor. No Oeste, poucas ofertas, todas acima de R$ 1.650 FOB, que não satisfazem os moinhos. No Sudoeste moinho pagando R$ 1630 CIF”, conclui.
Fonte:Agrolink