Preços do tomate, cenoura e alface disparam e sobem 50% em um mês

As geadas registradas no mês passado afetaram a oferta de hortaliças nas principais Ceasas do país. Tomate, cenoura e alface foram os produtos mais impactados.

De acordo um levantamento realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em Curitiba (PR), o alface sofreu um aumento de 62,9%, no preço médio, em julho. Na Ceasa de Vitória (ES), o preço do tomate subiu 51%. Já a cenoura ficou 50% mais cara em cinco mercados atacadistas. Os dados fazem parte do 8º Boletim Prohort, divulgado nesta terça-feira (17).
Segundo o levantamento, no caso específico da cenoura, além das geadas, a oferta também foi impactada pelo intervalo entre a safra de verão, que está no fim, e a de inverno, que começa agora. O volume de cenouras no mercado atacadista em julho caiu quase 10% em relação ao mês anterior. No entanto, a previsão é que o preço da raiz volte ao normal com a retomada do abastecimento.
No caso do tomate, os preços vão continuar pressionados. Mesmo sem o risco de novas geadas fortes, com as temperaturas mais baixas que a média, o desenvolvimento e ponto de colheita estão atrasados, o que reflete na tendência de menor oferta do produto no mercado.
O frio também impactou nos preços das frutas, mas com exceções. O mamão, por exemplo, registrou queda na oferta da variedade formosa, influenciado pelo frio e pela entressafra. No entanto, os preços permaneceram estavéis, por causa da demanda enfraquecida.

Índice de Preços da Ceagesp
Durante o webinar do 8º Boletim Prohort, o chefe da Seção de Economia e Desenvolvimento da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), Flávio Godas, apresentou o Índice de Preços da Ceagesp, utilizado para aferir as variações de preços dentro do entreposto de São Paulo.

Segundo Godas, o índice encerra o mês de julho em forte elevação, com alta de 11,2%. O aumento é reflexo dos efeitos das fortes geadas do Sul, Sudeste e parte do Centro-Oeste. Apesar da alta, o indicador mantém uma queda de 8,4% no acumulado do ano.

Ainda de acordo com Godas, com a retomada das aulas, a demanda por hortifrutícolas frescos vai subir e a tendência é que os preços aumentem durante o mês de agosto.

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