Étore Baroni acredita que Brasil pode fechar o ano exportando 35 milhões de toneladas. Com 70% da segunda safra já negociada, produtor deve armazenar o restante no aguardo de novas valorizações na Bolsa de Chicago, nos portos e no interior do país.
Para entender melhor o atual cenário do milho brasileiro o Notícias Agrícolas conversou com o consultor da INTL FCStone, Étore Baroni, neste momento em que colheita da segunda safra de milho está chegando ao final em todo o Brasil.
Segundo Baroni, a produção desta segunda safra deve atingir o patamar de 70/72 milhões de toneladas, totalizando 100 milhões de toneladas ao unir os números da safra verão, e cerca de 70% da safrinha já foi negociada, com preços bastante atrativos aos produtores.
Já quando olha para as exportações, o Brasil já embarcou 19,5 milhões de toneladas até o mês de agosto, e o analista espera atingir as 25 milhões de toneladas (total registrado em 2018) já em setembro, finalizando o ano com aproximadamente 35 milhões, mantendo o ritmo de alta.
Apesar do alto índice exportado, Baroni acredita que não deva faltar milho no Brasil, mas mesmo assim, os preços devem seguir ganhando força, o que garante uma melhor oportunidade ao produtor armazenar o restante de sua produção para buscar vendas em outros momentos.
O produtor brasileiro também precisa ficar atento as definições da safra americana. Étore acredita em uma redução na área cultivada e na produção dos Estados Unidos, e que essa incerteza quanto aos números finais de quanto foi efetivamente plantado e quanto será aproveitado na colheita pode indicar uma tendência de alta na Bolsa de Chicago para os próximos meses.
Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas