Possível volta da China às compras anima soja no Brasil

“Ouvimos em Genebra e Buenos Aires que a China deve voltar a comprar da América do Sul”

Segundo apurou a pesquisa diária do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da USP), os preços da soja no mercado físico brasileiro fecharam a terça-feira (17.09) com preços médios da soja nos portos do Brasil sobre rodas para exportação subindo pelo segundo dia consecutivo. A alta foi de 0,34%, para a média nacional de R$ 86,01/saca, contra R$ 85,72/saca do dia anterior. O acumulado no preço de exportação em setembro reduziu novamente a perda para 2,84%, contra 3,16% do dia anterior.

“Apesar das quedas de 0,31% no dólar e de 0,77% em Chicago, os preços se recuperaram em preparação para novas investidas da China, que, segundo rumores que ouvimos hoje em Genebra e em Buenos Aires, deverá voltar a comprar da América do Sul ainda na safra velha, nos meses de outubro e novembro, cujos prêmios subiram”, explica o analista da T&F Consultoria Agroeconômica, Luiz Pacheco.

No mercado físico os preços atingiram R$ 87,00, contra R$ 86,50 do dia anterior em Paranaguá e R$ 87,00, contra 86,50, do dia anterior, também em Rio Grande. Já no mercado interno o preço caiu novamente 0,35% para a média de R$ 79,24/saca, contra R$ 79,52/saca do dia anterior. Com isto o acumulado do mês de setembro no interior aumentou as perdas para 3,67% (3,33%). No mercado físico doméstico o preço em Passo Fundo caiu para R$ 81,60,00/saca, contra R$ 83,00/saca do dia anterior.

“Depois da encenação preparatória de ontem, houve fortes rumores hoje no mercado internacional de que a China pararia de comprar nos EUA e focar novamente suas compras na América do Sul. Com isso os prêmios FOB da soja brasileira para Outubro subiram 5 cents/bushel, enquanto novembro permaneceu inalterado. Já os prêmios de safra nova caíram 5 cents para Fevereiro, subiram 5 para Março, caíram 3 para abril, caíram também 12 para Maio e subiram 5 cents para junho e julho, respectivamente. Estes efeitos concretos dão alguma credibilidade aos rumores”, conclui Pacheco.

Por: Agrolink -Leonardo Gottems

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