O que esperar do mercado da soja?

O mercado ficará atento ao clima nos Estados Unidos, pois, segundo o NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional), o país tem previsão de uma menor distribuição de chuvas na região Centro e Leste do país. Em contrapartida, no Oeste do país, a expectativa é de volumes elevados. Além disso, as temperaturas previstas para a próxima semana serão mais baixas em relação às condições ideais, o que poderá afetar a produtividade da soja, com possibilidade de ocorrerem perdas, afetando assim as cotações de Chicago.

De acordo com a análise de mercado do especialista da Grão Direto, Ruan Sene, ainda de acordo com o NOAA, há uma previsão de aumento da intensidade da seca durante junho em uma grande parte do meio-oeste. Nas últimas semanas, houve pouca precipitação em algumas regiões, e a precipitação abaixo do normal é esperada até a primeira quinzena de junho.

Exportações brasileiras poderão cair. Após um mês significativo nas exportações, o número deve começar a cair nos próximos meses, principalmente com a chegada do milho ao mercado. Esse cenário se torna bastante desafiador, diante da previsão anual de  95 milhões de toneladas, feito pela Conab.

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Relatório de oferta e demanda mundial. Na próxima sexta-feira (09/06), haverá atualização dos números de oferta e demanda pelo USDA. Ele poderá trazer mais uma diminuição na produção da Argentina, tendo em vista que não houve alteração nos números do relatório anterior. Também poderá diminuir a previsão de exportação norte-americana da safra 2022/23 e manter a do Brasil, em 93 milhões de toneladas. Deverá manter os números de produção do Brasil e EUA.

Dólar poderá continuar em queda. Nesta semana, haverá continuidade das reações positivas do mercado com a aprovação do projeto de lei pelo Senado, para evitar o calote. Além disso, os dados positivos do relatório de geração de empregos não agrícolas, que superaram as expectativas com a criação de 339 mil empregos em maio, também devem continuar pressionando o dólar. Esse cenário deixa o Banco Central dos EUA confortável para fazer novos aumentos na taxa de juros, mas ainda é cedo para afirmar.

Petróleo no radar do mercado. O resultado da nova reunião da OPEP+ (Organização dos Países Produtores e Exportadores de Petróleo) também poderá trazer impactos ao mercado da soja em Chicago, diante da forte influência que ele tem sobre o óleo de soja, impactando o grão. Independentemente da decisão do cartel, os níveis de produção continuarão abaixo da média, dando suporte às cotações do petróleo.

Diante deste cenário, a semana poderá ser marcada por leves valorizações, considerando que a alta de Chicago poderá prevalecer sobre a queda do dólar.

Fonte:CanalRural

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