Nota técnica orienta colheita do feijão

O Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-Paraná) divulgou nota técnica com orientações sobre o manejo da colheita de feijão, especialmente a tecnologia de dessecação das lavouras. As instruções foram consolidadas no fórum técnico Boas Práticas na Cultura do Feijão, que reuniu cerca de 70 participantes em Cascavel (Oeste do Estado).

De acordo com o zootecnista Endrigo Antônio de Carvalho, coordenador do Polo de Pesquisas do IDR-Paraná em Santa Tereza do Oeste, o evento foi realizado por demanda de produtores, cerealistas e empacotadores da região. Além de profissionais ligados à extensão rural e assistência técnica, o programa do encontro contemplou palestras de especialistas em defesa sanitária, tecnologia de alimentos, saúde e meio ambiente.

“Uma oportunidade para discutir as condições de produção, renda para o produtor e qualidade do produto para o consumidor”, avalia o engenheiro agrônomo Germano Kusdra, coordenador estadual do programa feijão do IDR-Paraná.

Na safra de 2020/21, conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção nacional de feijão foi de 2,25 milhões de toneladas e o Paraná liderou a produção com 23,7% do total produzido. No estado, predomina a participação da agricultura familiar na produção, compondo a renda com outras atividades nas propriedades rurais.

Para que o agricultor alcance altas produtividades e ofereça um produto com elevada qualidade culinária e seguro para o consumidor, além das boas práticas agrícolas, tais como o uso de sementes produzidas dentro do sistema de certificação, variedades adaptadas as regiões produtoras, fertilização correta do solo, manejo adequado do solo e da água e manejo integrado de pragas e doenças, é importante também o correto manejo da cultura no momento da colheita.

Antes de realizar a colheita, o agricultor pode ou não optar pela dessecação da lavoura. Quando não é feita a dessecação, o agricultor economiza uma operação, o que resulta em menor utilização de agrotóxicos e recursos financeiros. Por outro lado, a utilização do dessecante proporciona uniformidade de maturação da lavoura para a colheita, além de permitir o escalonamento e a antecipação da colheita quando há previsões de chuvas excessivas. Em condições de temperatura muito elevada, deve-se atentar para que a dessecação não resulte em colheita dos grãos com umidade muito baixa, pois pode acarretar quebra dos grãos e diminuição da qualidade do produto, seja este para consumo ou produção de semente.

Fonte:Agrolink

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