Novamente o dia foi de quedas para os principais vencimentos da B3 no milho, de acordo com informações que foram divulgadas pela TF Agroeconômica. Nesse cenário, a bolsa encontrou na previsão de chuvas para os estados produtores a justificativa para a pouca liquidez no mercado.
“Nos relatos de nossos correspondentes, em todos os estados, um movimento fraquíssimo de negócios. Do lado da venda, produtores ‘acuados’ esperam sua produtividade, e vêem lavouras de milho padecendo no campo. Do outro, compradores, na expectativa da safrinha, seguram o que podem, esperando baixas nas cotações”, comenta a consultoria. Em julho, as cotações fecharam em R$ 97,05 (-1,42%); setembro a R$ 95,20 (-1,55%); novembro a R$ 95,75 (-1,52%) e janeiro a R$ 98,00(-1,11%).
Em Chicago, a China marca a nona nota de exportação privada com queda de futuros. “Em um dia de contrastes, uma explosão de insumos de apoio foi impotente para superar uma grande liquidação que reduziu os valores de muitos produtos agrícolas e futuros de commodities mais amplos na quarta-feira”, completa.
“A forte produção de etanol dos EUA, nota de um nono exportador privado do USDA consecutivo e novas compras da Ásia vieram ao lado de perspectivas tristes para a produção da segunda safra do Brasil e uma desaceleração nas vendas dos agricultores da Argentina, embora as melhores perspectivas climáticas no meio-oeste aumentassem os níveis de confiança na produção dos EUA”, indica.
No fechamento do Leste, todos os contratos até julho de 2022 haviam caído praticamente estável $ 0,11/bu, levando julho de 2021 para $ 6,47/bu e setembro para $ 5,60/bu. “O colapso nos preços do milho lançou uma nova tábua de salvação para as já turbulentas margens de produção de etanol, com dados da EIA sugerindo que o setor dos EUA ultrapassou o nível de produção de milhões de barris por dia na semana até 14 de maio pela primeira vez desde março de 2020”, conclui.