Milho fica levemente mais baixo em Chicago com mercado em “banho-maria”

A segunda-feira (08) chega ao final com os preços internacionais do milho futuro apresentando leves quedas na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram desvalorizações entre 1 e 2,50 pontos negativos.

O vencimento maio/19 foi cotado à US$ 3,60, o julho/19 valeu US$ 3,68 e o setembro/19 foi negociado por US$ 3,77.

Segundo os analistas da ARC Mercosul, o mercado iniciou a semana em “banho-maria”, após uma nova rodada de negociações entre os Estados Unidos e a China, onde nenhuma novidade e nenhum progresso foi notado. A especulação permanece cética frente a retórica política de Trump e Jinping, com o pessimismo em expansão sobre o fim da Guerra Comercial.

Ainda nessa segunda-feira o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou que os embarques de milho somaram 1.035,423 milhão de toneladas, enquanto as expectativas eram de 990 mil a 1,3 milhão de toneladas. No ano comercial, o país já tem 30.714,750 milhões de toneladas, contra o acumulado da temporada anterior, nesse período, de 26.509,043 milhões de toneladas.

O USDA também reportou há 2% da área de milho já plantada nos EUA, número que fica em linha com as expectativas do mercado – de 1% a 2% – com o mesmo período do ano passado e da média dos últimos cinco anos, que registravam o mesmo índice.

Já no mercado interno, os preços do milho disponível permaneceram sem movimentações em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, as valorizações apareceram somente nas praças de Alto Garças/MT e Itiquira/MT (3,85% e preço de R$ 27,00).

As desvalorizações foram percebidas em Palma Sola/SC (1,61% e preço de R$ 30,50), Porto Paranaguá/PR (2,94% e preço de R$ 33,00), Jataí/GO e Rio Verde/GO (3,23% e preço de R$ 30,00).

O Cepea divulgou que as negociações envolvendo milho no mercado spot estão em ritmo lento e os preços, em queda. “Segundo colaboradores do Cepea, vendedores têm limitado as vendas na expectativa de valores maiores no período de entressafra, enquanto compradores realizam apenas pequenas aquisições para repor estoques de curto prazo”.

A XP Investimentos destacou que mais um início de semana tem poucos negócios e pressão baixista. De maneira geral, o impasse entre compradores e vendedores locais persiste, tirando a liquidez das negociações. O cenário externo baixista somado aos bons níveis de estoques internos e a boa evolução das lavouras de inverno (Sul e Centro-Oeste) favorece testes com bid’s menores por parte dos compradores paulistas.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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