Fertilizantes: retomada do consumo pode ser freada

As margens menores podem acabar impedindo a retomada no consumo dos fertilizantes no Brasil, de acordo com informações divulgadas por um novo relatório divulgado pelo Rabobank. “Uma menor margem a vista pode acabar levando a um menor aumento no consumo de fertilizantes no ano de 2023, a visão do Rabobank hoje ainda indica um aumento de 10% nas entregas ao consumidor final em relação a 2022. Contudo, devemos observar como serão as entregas nos próximos meses para validar esta visão”, comenta.

Isso ocorre porque os preços dos fertilizantes vêm caindo bastante ao longo de 2023. “O preço da Ureia, por exemplo, já apresentou uma queda de aproximadamente 40% desde o início do ano, chegando aos portos brasileiros abaixo dos USD 300/tonelada CFR, algo que não se via desde janeiro de 2021. Esta tendência deve continuar também para o MAP e o Cloreto de potássio (KCl) para restante do ano”, completa.

No caso do KCl, o fator que deve pressionar o preço do fertilizante é o valor firmado na renegociação do contrato chines agora em junho/23. O valor divulgado de USD 307/tonelada CFR pegou o mercado de surpresa, inclusive levantando rumores de uma possível renegociação do contrato indiano que foi fechado em abril.

“A próxima safra de soja (2023/24) a ser plantada a partir de setembro/outubro deste ano deve ocorrer sem risco de desabastecimento de fertilizantes e com o custo da adubação
quase 40% abaixo da safra passada, se considerados os preços dos fertilizantes até a metade de junho. Os outros custos como defensivos e sementes também serão mais baixos, levando a uma redução de pelo menos 16% no custo operacional da safra 2023/24 de soja. Por outro lado, a queda no valor da soja, quando comparado ao ano passado pressionará as margens da safra 2023/24 de soja”, conclui.

Fonte:Agrolink

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