Exportações de café registram recuo entre janeiro e maio

As exportações brasileiras de café de janeiro a maio recuaram de 16,823 milhões de sacas para 13,578 milhões (-19,3%) em quantidade, e de US$3,910 bilhões para US$2,958 milhões (-24,3%). Em relação à média dos últimos cinco anos, o ritmo da colheita ficou 10% inferior, tendo alcançado 20% do volume projetado.

O padrão de desempenho mais baixo dos embarques está associado a quebra de colheita. Muitas operações tiveram de passar por renegociações, com cumprimentos adiados das entregas para serem feitas somente em 2023. Os volumes baixos dos estoques remanescentes advirão depois das quebras nas colheitas das temporadas de 2021 e 2022, em função de problemas climáticos.

Com a chegada e começo da colheita dos produtos na safra 2022/23, a tendência normal caminha no sentido de retomada dos fluxos para o exterior nos próximos meses. Sem impactos adversos de clima neste inverno, as perspectivas de produção são favoráveis no cinturão cafeeiro nacional.

Entre os nove principais importadores mundiais se destacam em termos de participação: 1º Estados Unidos (2,512 milhões; 18,5%); 2º Alemanha (1,691 milhões; 12,4%); 3º Itália (1,110 milhões;8,2%); 4º Bélgica (630 mil;4,6%); 5ºColômbia (538 mil;4,0%); 6º Turquia (460 mil;3,4%); 7º (422 mil; 3,1%); 8ºArgentina (379 mil; 2,8%) e 9º França (377 mil; 2,8%).

O balanço mundial do ano safra 2022/23 estimado pelas projeções da Organização Intencionas do Café (OIC) terá oferta (171,3 milhões de sacas) menor do que a demanda (178,6 milhões), sendo deficitária (-7,3 milhões). No ciclo 2021/22 ocorreu conjuntura similar, com oferta (168,5 milhões) inferior ao da demanda (175,6 milhões), com outro déficit largo (-7,1 milhões de toneladas).

Na visão da OMC, a recuperação ocorrida no consumo, durante o ano cafeeiro de 2020/21, ocorreu por conta da liberação da demanda reprimida acumulada ao longo do período da Covid-19. Depois do aumento em 2020, a atividade econômica mundial teve uma desaceleração ampla em 2021 e 2022, com tendência de prevalecer em 2023. A crise no custo de vida e o aperto das condições financeiras em regiões importantes dificultam perspectivas promissoras.

Fonte:Agrolink

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