Empresários pedem que governo brasileiro apoie mercado de carbono na COP26

Empresários brasileiros reforçam ao governo brasileiro a importância da regulamentação do mercado de carbono e pedem que esse dispositivo seja apoiado pelo Estado durante a Conferência do Clima das Nações Unidas, a COP 26, que será realizada no próximo mês, em Glasgow, Escócia. A posição do setor empresarial foi apresentada nesta quarta-feira, 13, em reunião com o ministro das Relações Exteriores, Carlos França.

Segundo comunicado do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), que participou do encontro, o governo deve ainda atuar com a criação de instrumentos de mercado para o comércio de reduções de emissões de gases de efeito estufa (GEE).

Segundo informações divulgadas pelo conselho, a regulamentação desses instrumentos, previstos no Artigo 6 do Acordo de Paris, é discutida desde 2015 e pode gerar um comércio de US$ 167 bilhões ao ano em 2030 e de US$ 347 bilhões ao ano em 2050, segundo estimativa da International Emissions Trading Association. O Brasil é um dos países com maior potencial de venda de créditos e pode gerar receitas líquidas de até US$ 72 bilhões até 2030², de acordo com estimativa do Environmental Defense Fund.

“Chegar a um entendimento definitivo sobre as regras é fundamental para a retomada econômica verde brasileira”, afirmou Marina Grossi, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), que lidera essa iniciativa do setor privado. “Esses instrumentos trarão recursos financeiros que vão gerar empregos e ampliar a tecnologia do Brasil rumo a uma economia de baixo carbono”, complementa.

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