El Niño ameaça indústria da cana

De acordo com o relatório “El Niño e seus efeitos no mercado de commodities”, da hEDGEpoint Global Markets, a Probabilidade de El Niño durante maio-agosto preocupa produção de açúcar no ciclo 23/24 (out-set). De acordo com Livea Coda, analista de Açúcar e Etanol da companhia, para entender melhor esse contexto, primeiro é importante discutir quais são as condições normalmente exigidas para o desenvolvimento da matéria-prima do adoçante.

“Como resultado, os principais fornecedores de açúcar, Brasil, Índia e Tailândia, assim como a maioria da América Central, produzem açúcar a partir da cana, enquanto regiões como Europa, Eurásia e norte da América do Norte lidam melhor com a beterraba”, explica Coda. “Cada país e região tem seu calendário de safra, mas uma coisa é igual: tanto a cana quanto a beterraba precisam de chuva, umidade do solo e sol para um bom desenvolvimento durante sua fase de crescimento. Dessa Forma, mudanças nas condições climáticas regulares podem afetá-las diretamente e, dessa forma, impactar a produção total do adoçante”, complementa a analista.

Nesse contexto, sabe-se que ele adiciona volatilidade à sua disponibilidade, especialmente se ocorrer durante a janela junho/agosto, pois pode afetar tanto a safra brasileira quanto o desenvolvimento da cultura no Hemisfério Norte. “No entanto, devemos ter em mente que nem todos os seus efeitos são necessariamente negativos, pois o El Niño afeta de maneira diferente cada região a depender, também, de sua intensidade”, ressalta.

A fase de cultivo da cana começa em meados de setembro e vai até março. Nesta fase, o ideal é que haja precipitação abundante, luz solar adequada e umidade do solo. Na época da colheita, pouca precipitação induz maior teor de sacarose, o que costuma acontecer no inverno brasileiro.

Fonte:Agrolink

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