Cuidados no pós-colheita preservam rentabilidade do grão de café

O Brasil avançou na colheita de café do ciclo 2023/24, beneficiado pelo clima seco que predominou nas últimas semanas. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), até o final da semana passada, 95% da produção estimada em 66,5 milhões de sacas de 60 quilos havia sido colhida. A qualidade da safra é um aspecto fundamental para a rentabilidade dos produtores e a preferência dos consumidores, e está diretamente relacionada à umidade dos grãos.

A umidade é a medida da quantidade de água presente nos grãos de café, e influencia os processos metabólicos que ocorrem neles. O teor de umidade no grão deve variar entre 10% e 12%. Grãos com umidade excessiva podem deteriorar-se mais facilmente, comprometendo o aroma, o sabor e o corpo do café. Por isso, é importante monitorar a umidade dos grãos em todas as etapas da cadeia produtiva, desde a colheita até a indústria.

Para isso, os cafeicultores contam com equipamentos que permitem medir a umidade dos grãos com rapidez e precisão. É o caso do produtor Rafael Stefani, que cultiva mais de 1 milhão de pés de café em Ribeirão Corrente, na região de Franca, no interior de São Paulo. Ele utiliza medidores de umidade de grãos da Motomco para garantir que seus cafés estejam dentro do padrão ideal”. Stefani está prestes a lançar sua própria marca de cafés especiais, chamada “Café no Brasil”, que tem como proposta valorizar a qualidade e a diversidade do café nacional.

“A qualidade do café depende muito de como você faz o armazenamento e secagem. Se o café ficar exposto à umidade, ele pode ficar esbranquiçado e contaminado por  fungos que comprometem o sabor e o valor do produto. Se estiver muito seco, ele pode quebrar na hora do beneficiamento e perder peso e valor”, diz Stefani.

O armazenamento e a secagem do café são etapas fundamentais para garantir a qualidade e o aroma da bebida, mas também envolvem alguns desafios e cuidados que o produtor rural precisa ter. Um desses desafios é manter o equilíbrio entre a umidade e a secagem do café, que pode variar de acordo com o clima da região onde ele é cultivado. O produtor rural Stefani, que cultiva café há quase 20 anos, explica que esses fatores influenciam diretamente na qualidade do produto final. Segundo ele, a forma mais comum de secar o café é usando o sol, que é uma fonte de energia natural e gratuita. Porém, nem todas as regiões têm condições climáticas favoráveis para essa prática, e algumas precisam recorrer ao uso de secadores artificiais, que têm um custo adicional.

Alguns cuidados devem ser adotados durante a secagem para garantir que os frutos e grãos fiquem uniformes e com o mesmo teor de umidade. Um dos principais cuidados é determinar o ponto certo para encerrar o processo de secagem, definido pelo teor em porcentagem de umidade dos grãos, já que manter esse controle é fundamental para obter um café de alta qualidade e com sabor uniforme.

O engenheiro agrônomo Roney Smolareck, da Loc Solution, explica que o medidor de umidade é uma ferramenta a mais que o produtor pode ter em sua propriedade para  conhecer melhor o seu produto. Assim como os demais grãos, a medição de umidade  no café deve ser sempre feita mediante o uso de equipamentos específicos. “Recomendamos ao produtor rural nosso aparelho portátil da Motomco, o 999CP, que é o modelo utilizado nas propriedades. Ele atende todos os processos do monitoramento da qualidade do grão, fornecendo uma porcentagem de umidade muito mais confiável” explica Roney Smolareck.

De acordo com portaria do Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro), após a secagem o ideal é que a umidade do grão se mantenha entre 10% e 12%, índices que seguem normas do Ministério da Agricultura.

Fonte:Agrolink

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