CPI das invasões é retomada

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre invasões de terras no Brasil realizou uma Audiência Pública para discutir os conflitos na região do Pontal do Paranapanema, em São Paulo. A CPI é presidida pelo deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS) e tem como relator o deputado Ricardo Salles (PL-SP). Durante a audiência, o ex-presidente do Incra, Francisco Graziano, foi ouvido para abordar a proposta de Reforma Agrária no país e os casos de invasões promovidas pelo MST e pela FNL.

Durante a reunião, foi mencionado que José Rainha Júnior, líder da FNL, teve sua prisão revogada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo na segunda-feira (12). Ele estava detido desde março, acusado de usurpar propriedades no Pontal. O deputado Delegado Éder Mauro destacou que os membros da CPI pretendem convocar José Rainha e sua esposa, Diolinda Alves de Souza, para investigar sua relação com as recentes invasões de terras organizadas pela FNL.

Delegado Éder Mauro afirmou durante a reunião que a participação de José Rainha ficou claramente evidente nessa invasão de terra. Ele destacou que está sendo investigado quem financia e quem se beneficia dessas invasões. A CPI busca esclarecer os vínculos e possíveis envolvimentos de José Rainha e sua esposa nas recentes invasões promovidas pela FNL. “A participação dele ficou evidentemente clara nesta invasão. E aqui está sendo apurado quem financia e quem é beneficiado”, afirmou o Delegado Elder.

Para a deputada Caroline de Toni (PL-SC), que propôs o convite a Xico Graziano, o relatório de diligência realizado na região do Pontal do Paranapanema, demonstrou claramente a oitiva de quatro pessoas que sofreram extorsão pelo movimento liderado por José Rainha. Segundo a deputada, todos tiveram que pagar propina para terem acesso a terras. “Ouvimos o depoimento de um cidadão, cujo gados morreram de carrapato. Para isso acontecer tem que estar em uma condição terrível. Muitos deles dizem que defendem os animais, mas não dão nem para as pessoas que vivem nesses acampamentos”, conta a deputada.

Fonte:Agrolink

Top