Para garantir alta rentabilidade no sistema produtivo, novas tecnologias surgem para auxiliar no manejo das plantas daninhas nestas culturas
São grandes os desafios no controle de plantas daninhas nas culturas da soja e milho. Para garantir alta rentabilidade no sistema produtivo, novas tecnologias surgem para auxiliar no manejo das plantas daninhas nestas culturas. Dentre estas, destacam-se as tecnologias Enlist® da Corteva Agriscience e a Intacta 2 Xtend® da Bayer CropScience.
Na tecnologia Enlist®, a empresa detentora do registro confirma eficiência tanto da tecnologia empregada no herbicida quanto na semente, para as culturas da soja e milho. As sementes de soja Enlist® E3, terão tolerância a três mecanismos de ação herbicida (glifosato, 2,4-D e glufosinato de amônio). Em conjunto na tecnologia, foi lançado um novo sal de 2,4-D (sal colina) isolado e em mistura com o glifosato (herbicidas Enlist®, Enlist® Colex-D e o Enlist® Duo Colex-D), com processo de formulação inovador que promove redução da deriva, baixo odor e ultra baixa volatilidade, mantendo o mesmo controle de plantas daninhas obtidos com produtos tradicionais à base de 2,4-D.
Para a cultura do milho, as sementes com a tecnologia denominada de PowerCore Ultra Enlist®, terão resistência a quatro mecanismos de ação herbicida (glifosato, 2,4-D, glufosinato de amônio e haloxifop), sendo este último uma importante ferramenta para o controle de gramíneas, como Digitaria insularis (capim-amargoso) em pós-emergência da cultura do milho. Para saber mais sobre o assunto, matricule-se no curso Fenologia e Ecofisiologia do Milho.
A tecnologia Xtend® para a cultura da soja, além de proporcionar tolerância ao herbicida glifosato, como na tradicional soja RR®, adiciona a tolerância ao herbicida dicamba, pertencente ao grupo dos mimetizadores de auxinas. Segundo a empresa detentora do registro, a tecnologia pode ser utilizada como excelente ferramenta no controle de plantas daninhas de folhas largas resistentes ao herbicida glifosato, como a Conyza spp. (buva) e Amaranthus spp. (caruru).
Ambas tecnologias são boas alternativas para o controle das plantas daninhas presentes nas áreas de produção, sendo a cultura conduzida no limpo, e como resultado manutenção de altas produtividade e ganho comercial. Porém, sua utilização no campo deve ser realizada sempre de forma técnica, para evitar possíveis problemas em áreas vizinhas que não utilizarem a tecnologia, sendo os principais riscos associados à deriva e/ou volatilidade dos herbicidas utilizados. Desta forma, é importante atentar para as especificidades e recomendações dos fabricantes quanto ao uso das tecnologias, principalmente quanto a condições ambientais no momento da aplicação e a tecnologia de aplicação empregada no campo.
Também cabe destacar, que embora sejam tecnologias muito importantes, é fundamental que o produtor faça a dessecação pré-plantio da cultura de forma eficiente, com os produtos e doses recomendados, preservando assim, as tecnologias de pós-emergência.
Por: Agrolink -Aline Merladete