A lucratividade do milho continua elevada, ao redor de 28,85%, mesmo depois da forte alta dos insumos, aponta a Consultoria TF Agroeconômica. E equipe de analistas de mercado se baseou nos dados divulgados pela Deral (Departamento de Economia Rural) da Secretaria de Agricultura do Paraná, que atualizou nesta semana os custos de produção de milho até novembro.
De acordo com o Deral, o custo de produção total subiu 52,19% no período de fevereiro a novembro de 2021 (o percentual mais elevado entre os três grãos). “Embora alguns elementos, como os fertilizantes, tenham subido individualmente 89,24%, as despesas gerais 58,67%, assistência técnica e Proagro 58,66% e os juros 57,19%. Por saca o custo médio nos três estados do Sul ficou em R$ 63,64”, afirma a TF.
Este custo médio, destacam os especialistas, deve ser comparado com os preços pagos atualmente aos produtores de milho, que estão, em média, a R$ 82,00 em Ijuí/Santa Rosa, no Rio Grande do Sul, o que proporcionaria um lucro médio de 28,85% mesmo depois do grande aumento dos fertilizantes, que tanto está assustando os produtores. Em Santa Catarina, com preço médio no interior ao redor de R$ 83,00/saca, este lucro sobe para 30,42% e no Paraná, onde o preço médio recebido pelo agricultor é de R$ 80,50/saca, o lucro fica em 26,49%.
“Para os estados do Centro-Oeste e do Norte do país não há estudos atualizados dos custos de produção, o que é uma grande falha. Como os agricultores desses estados poderão saber a sua lucratividade? Como saber se o preço que lhes é oferecido é bom ou não? Como saber se a lucratividade de hoje á maior ou menor do que a de ontem? Custos de produção são a base essencial de uma boa comercialização. Investir nisto é prestar um dos maiores serviços para os agricultores”, conclui a Consultoria.