Atitude partiu do governo naquele país
O Chile possui uma grande diversidade de batatas nativas, pouco utilizadas em programas de melhoramento como ferramenta de adaptação às mudanças climáticas, com importantes características fisiológicas e morfológicas que lhes permitem se adaptar a cenários futuros de altas temperaturas e secas, além de propriedades nutricionais acentuadas e funcional, que pode ser transferido para novas variedades.
Nesse contexto, nasceu o projeto “Avaliação de linhas melhoradas de batata nativa (patrimônio genético vegetal nacional) adaptado às novas condições de estresse hídrico e térmico com maior valorização comercial do produto”, iniciativa apoiada pela Fundação para a Inovação Agrária (FIA) e executado pela Faculdade de Ciências Agrícolas da Universidade Austral do Chile (UACh).
Na ocasião, José Rüth, representante Macrozonal de Araucanía e Los Ríos da FIA, destacou que “o trabalho da FIA teve como objetivo principal promover e desenvolver no setor agroalimentar nacional uma cultura de inovação que fortalece as capacidades e o empreendedorismo de instituições, pessoas e empresas. O impulso para a inovação regional faz parte de nossa área estratégica e, para isso, o trabalho conjunto com os governos regionais, as seremías, a academia e as empresas de desenvolvimento local desempenham um papel preponderante. Um exemplo deste trabalho é o projeto que lançamos hoje que visa avaliar e gerar material genético em linhas de batata melhoradas, adaptadas às novas condições de estresse hídrico”, comenta.
Por sua vez, o diretor da Faculdade de Ciências Agrárias da UACh, Rodrigo Echeverría, indicou que “a mudança climática é uma realidade que já está causando mudanças nos sistemas produtivos do país. Esses tipos de projetos podem ser usados para ver como a batata pode ser promovida e a industrialização da produção da batata, através do melhoramento genético e de uma seleção de variedades que podem alimentar a população em crescimento e para que ela possa ser produzida em um contexto das mudanças climáticas”, conclui.
Por: Agrolink -Leonardo Gottems