Brasil X China: quais são as perspectivas de negócios?

As relações comerciais entre Brasil e China crescem a cada ano, e o agronegócio é um dos maiores beneficiados pelo acesso a esse mercado gigantesco. Os primeiros sinais do novo governo federal foram no sentido de ampliar ainda mais as perspectivas de negócios, a partir da recente visita da comitiva brasileira ao país asiático, o que gerou novas oportunidades e desafios foram assuntos debatidos no programa “A Voz do Mercado” neste dia 25 de abril.

Nesta edição do talk show A Voz do Mercado trouxe o tema “China e Brasil: O Agro ainda mais próximo?”. O programa contou com a mediação do consultor Ivan Wedekin, ex-secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e da jornalista Suelen Farias, especialista em Novas Mídias, com atuação em agronegócio e economia.

Conduzido pela jornalista Suelen Farias e o consultor Ivan Wedekin, o debate será realizado ao vivo no Canal do Agrolink no Youtube com os convidados: André Nassar, presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Evandro Carvalho, coordenador do Núcleo de Estudos Brasil-China, da Fundação Getulio Vargas (FGV) do Rio de Janeiro (RJ), e Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin comentou sobre a visita da comitiva brasileira, “A viagem para a China foi muito positiva. O retorno da exportação da carne bovina também ajuda o mercado de aves e suínos. É um grande ganho que a gente teve. Tivemos, ainda, a habilitação de quatro plantas de carne bovina, isso ajuda muito o setor e creio que isso trará um grande dividendo para o Brasil”. Dentre os assuntos abordados no talk show, Ricardo Santin também comentou sobre a sustentabilidade para o mercado chines.”A China tem uma visão de que sustentabilidade tem relação com eficiência e lucratividade. Para eles, não existe sustentabilidade com o balanço no vermelho. O Brasil é sustentável e, inclusive, mostra isso à China. Quando vendemos para eles, estamos vendendo com sustentabilidade”, afirma Santin.

Outro tema debatido no programa foi sobre exportação e mercado interno. O presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), André Nassar, falou sobre as expectativas. “A China já é a maior compradora de grãos do Brasil. Mas queremos aumentar a exportação da proteína animal, porque isso significa que teremos um consumo muito maior dos derivados, que é nosso objetivo.” André Nassar ainda citou sobre as demandas do mercado de soja. “A quebra da safra na Argentina trouxe benefícios para o Brasil. A demanda por soja no segundo semestre vai ser boa porque as empresas irão aumentar o processamento. Para o mercado interno, se terá uma boa demanda”, comentou Nassar.

Sobre a importância e organização da visita feita ao país asiático, o coordenador do Núcleo de Estudos Brasil-China, da Fundação Getulio Vargas (FGV) do Rio de Janeiro (RJ), Evandro Carvalho destacou, “No meu ponto de vista, faltou um pouco mais de planejamento para essa visita… Faltou foco priorizando algumas áreas específicas. Ainda temos uma presença muito baixa lá e o ideal seria melhorar isso. Acho que o governo precisa focar mais em resultados. Agir mais e falar menos, é isso que interessa à China e para nós (Brasil)”.  Evandro Carvalho também comentou sobre as relações comerciais entre os países. “A relação Brasil x China x EUA, a curto prazo, não vejo grandes riscos. Não se trata de colocar o Brasil em leilão, mas de traçar uma rota dessa relação com EUA e China. Há setores em que temos mais vantagens com a China, pois somos concorrentes dos EUA”, pontuou Carvalho.

Fonte:Agrolink

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