Brasil foi ‘protagonista e resolvedor de problemas’, diz secretário de Inovação do Mapa sobre COP26

O Brasil foi “protagonista e resolvedor de problemas” na 26ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP26), realizada em Glasgow, na Escócia, segundo o secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação do Ministério da Agricultura, Fernando Camargo.

Em entrevista exclusiva para o diretor de conteúdo do Canal Rural, Giovani Ferreira, que esteve na COP26, Camargo disse que o Brasil conseguiu mostrar para o mundo que é uma potência agroambiental. “Produzir e preservar, preservar e produzir, essa é a vocação do Brasil. Somos uma potência. A sustentabilidade da agropecuária brasileira é um ativo, e o produtor precisa ter essa noção. Desmatamento não é um assunto nosso, é da Polícia Federal, do Ministério Público. O Brasil sabe da importância da preservação e entende o seu protagonismo”, disse.
Na COP26, foi a primeira vez que o combustíveis fósseis, especialmente o carvão, foram inseridos no texto final como causadores das mudanças climáticas. Sobre essa mudança, o secretário do Mapa disse que embora o Brasil não tenha uma dependência muito grande da matriz energética, sabe o que ela representa para alguns países. “Foi um acordo político, difícil. Na nossa leitura, foi um acordo possível, mas não foi o necessário. O grande vilão das emissões de gases é a queima de combustíveis fósseis, e isso precisava ser colocado na mesa”, disse.

Sobre o acordo que o Brasil e outros países assinaram para reduzir em até 30% as emissões de metano até 2030, Camargo disse que o país buscou fazer parte da solução. “O Brasil, que tem um dos maiores rebanhos do mundo, acredita que é possível dar um salto de qualidade na pecuária. Além de alimentar o mundo, podemos diminuir as emissões com pastagens bem manejadas e com a mudança da alimentação bovina”, afirmou.

Outro destaque foi a regulamentação do artigo 6 do Acordo de Paris. “A regularização do mercado de carbono foi uma vitória do Brasil. O país tem uma potencialidade muito grande. Temos florestas, áreas de preservação dentro das propriedades rurais, o que significa que temos estoques de carbono para comercializar e vender para países que não tem, que são grandes emissores. Vamos poder vender créditos de carbono, emitir títulos, criar mais uma fonte de renda para o produtor rural. É também um reconhecimento da tecnologia da nossa agricultura e da nossa pecuária”, finaliza.

FONTE: CANAL RURAL

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