Nesta segunda-feira (8), durante a COP26 em Glasgow, na Escócia, entidades do Brasil e da China se reuniram para tratar do abastecimento agrícola e sustentável nos dois países. A China é o principal comprador do agro brasileiro.
O evento foi organizado pelo Global Environmental Institute (GEI), entidade governamental fundada com o objetivo de garantir o desenvolvimento sustentável dentro das fronteiras do país asiático e no exterior.
Nesta segunda-feira (8), durante a COP26 em Glasgow, na Escócia, entidades do Brasil e da China se reuniram para tratar do abastecimento agrícola e sustentável nos dois países. A China é o principal comprador do agro brasileiro.
O evento foi organizado pelo Global Environmental Institute (GEI), entidade governamental fundada com o objetivo de garantir o desenvolvimento sustentável dentro das fronteiras do país asiático e no exterior.
“Nós vemos o Brasil como uma grande parte do meio ambiente mundial. Falando de soluções climáticas, a Amazônia é a solução. Se nós perdermos a Amazônia, nós perdemos tudo”, diz o presidente do conselho da GEI, Jiqiang Zhang.
Ele afirma que a China vem trabalhando com o Brasil por meio de um mercado sustentável de produtos agropecuários, assim como em diversos níveis de colaboração em outras áreas. “Ambos os países podem se auxiliar com um compromisso nacional envolvendo as mudanças climáticas Há um potencial enorme para o Brasil e a China, e nós estamos felizes com as participações do seu país”.
No ano passado, a cada três produtos brasileiros exportados, um foi enviado para o mercado chinês. Mas as exigências da segunda maior economia do mundo em relação à sustentabilidade estão endurecendo. Nesse sentido, a diretora do departamento de Produção Sustentável e Irrigação do Ministério da Agricultura, Mariane Crespolini, afirma que o Brasil foi ao painel contar um pouco da trajetória da agropecuária de baixa emissão de carbono.
“De 2010 a 2020, cerca de 52 milhões de hectares adotaram algumas das tecnologias fomentadas pelo plano, uma área equivalente a duas vezes a área do Reino Unido”, disse. Além disso, foram divulgadas estratégias brasileiras de intensificação da produção pelo aumento da produtividade na mesma área.
“Falamos também que o Brasil já tem produtos como a carne carbono neutro, pois é uma grande preocupação dos chineses a sustentabilidade da nossa produção agropecuária”, disse a diretora do Mapa.
O governo de Mato Grosso apresentou durante o painel dados sobre a preservação ambiental do estado e do combate às queimadas. No ano passado, quase 30% das exportações mato-grossenses foram para os chineses, com destaque para soja, carne, algodão e produtos florestais. Segundo o secretário-executivo de Meio Ambiente de Mato Grosso, Alex Sandro Marega, ao longo dos últimos 15 anos, o estado conseguiu triplicar sua produção agrícola, ao mesmo tempo em que reduziu o desmatamento em 87%.
Ele afirma que é preciso estar atento em um momento em que a China começa a dizer que quer aumentar suas compras, mas quer garantias de que esses produtos sejam obtidos de forma sustentável. “Quando a gente produz em um país que ainda tem 60% de vegetação nativa intacta, isso tem que ter uma diferenciação quando é comparado com países onde também há grande produção agrícola, mas que praticamente já devastaram toda sua vegetação”, diz Marega.