Arrozeira ligada à família Pimenta ainda não pagou agricultores

Alguns produtores de arroz do estado do Rio Grande do Sul ainda não foram pagos por uma arrozeira ligada à família do Deputado Federal Paulo Pimenta (PT/RS) após dez anos, de acordo com reportagem divulgada pela TV Record. Arrozeira Beira-Rio, sediada em São Borja, recebeu toneladas de grãos para revenda em 2010, mas o grão não estava mais lá quando os mesmos foram retirar.
Essa empresa é de propriedade de um primo do deputado, o veterinário Antonio Mário Pimenta, conhecido por Maíco. O caso resultou em uma investigação de mais de dez anos entre a primeira instância e o Supremo Tribunal Federal (STF), que acabou o interrompendo sem julgamento de mérito, sob a alegação de que houve excesso de prazo na investigação.

Sendo assim, a 8ª turma da corte concedeu habeas corpus a favor da defesa do deputado a partir do desembargador federal João Pedro Gebran Neto, que anotou “que o arquivamento do Inquérito Policial não constitui óbice para posterior reabertura, desde que surjam novos elementos de prova. Nesse sentido, alguns produtores entraram com medida judicial exigindo o pagamento da quantia devida, o que até hoje não ocorreu.

“E ficou nessa. Então, estou no prejuízo e paciência. Eu ganhei uma ação, mas não foi determinado que façam alguma coisa para me pagar, ficou nisso, no papel lá, sem me pagar”, afirmou o produtor rural Odon Motta dos Santos, um dos lesados, para a Record. Na época, ele havia depositado 4.324 sacas de arroz na Arrozeira Beira-Rio, que somam um prejuízo de mais de R$ 320 mil em valores de hoje, sem contar a correção monetária.

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