Argentina avança no melhoramento de pêssegos

Uma equipe de pesquisadores do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA), da Argentina, e da Faculdade de Ciências Agrícolas da Universidade Nacional de Jujuy trabalha no desenvolvimento de novas cultivares com características marcantes como precocidade, qualidade do fruto, produtividade e com baixa exigência de horas frias. Segundo Viviana Curzel, especialista em frutas do INTA Perico, “buscamos obter cultivares mais precoces, com frutas de bom tamanho, cor e sabor para expandir a oferta de variedades promissoras para o setor produtivo”.

Os testes realizados na parcela experimental Los Alisos avançam no melhoramento genético das variedades de pêssego e nectarina. “Nesta campanha, oito cruzamentos foram feitos, sete entre variedades de pêssego e um entre nectarinas”, disse o pesquisador do INTA.

Um ponto chave nesse processo é o tratamento diferencial que eles dão às sementes. “Como as variedades são de curto ciclo de produção – cerca de 90 dias entre a floração e a colheita – elas geram sementes cujos embriões são imaturos”, disse Curzel, que explicou que, para garantir bons resultados, utiliza técnicas específicas, como o resgate de zigotos ou o cultivo de embriões.

“Os avanços no trabalho iniciado são positivos”, disse o especialista do INTA e acrescentou: “Obtivemos mais de 2300 flores polinizadas, 70% de frutos e, até o momento, cerca de 200 sementes semeadas em diferentes tratamentos”, completa. A parcela experimental de Los Alisos é resultado de um acordo entre a INTA, as empresas LATSER SA, LATITUD SUR SA e a Faculdade de Ciências Agrícolas da Universidade Nacional de Jujuy.

A partir daí, Curzel lidera pesquisas destinadas a melhorar as cultivares mais promissoras da região. De fato, em 2017, apresentou a primeira variedade de nectarina introduzida e avaliada na região e registrada no Instituto Nacional de Sementes (INASE). Este é o Don Basilio, uma cultura caracterizada pelo tamanho médio das frutas, excelente sabor e notável comportamento agronômico.

Fonte: Agrolink

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