Comercialização da soja brasileira atinge 97,7%

A comercialização brasileira da safra 2021/22 de soja alcançou 97,7% da produção esperada até o dia 3 de fevereiro, ou seja, um número acima dos 97,2% observados em igual momento de 2020/21, segundo a consultoria DATAGRO Grãos. Nesse contexto, a consultoria estima que houve incremento mensal de 2,0 pontos percentuais, aquém dos 2,4 p.p. do mês anterior, mas superior ao padrão normal para o período — 1,1 p.p.

“Se confirmou a nossa projeção de redução nos preços, levando os produtores a vender o restante da safra apenas para desocupar os armazéns no aguardo da nova safra. Esta foi uma temporada onde praticamente não tivemos entressafra, apesar dos estoques mínimos”, ressalta Flávio Roberto de França Junior, economista e líder de pesquisa da DATAGRO Grãos. “Além disso, por conta da acomodação nas cotações da CBOT, dos prêmios e da taxa de câmbio, os preços no segundo semestre ficaram distantes dos recordes praticados entre fevereiro e março, no início do conflito na Ucrânia”, complementa.

Levando em conta a produção de 2022, revisada para 129,01 milhões de toneladas, os sojicultores brasileiros negociaram, até a data analisada, 126,09 milhões de toneladas. Em igual período do ano passado, esse volume de produção negociado estava um pouco menor em termos relativos, mas maior em termos absolutos, chegando a 134,93 milhões de toneladas.

“A análise da DATAGRO Grãos mostra que 26,6% da produção estimada da oleaginosa safra 2022/23 está comprometida comercialmente, avanço de 2,0 p.p. na comparação com o levantamento anterior. Esse fluxo segue bem abaixo dos 39,1% de semelhante época de 2021/22, dos 60,4% do recorde de 2020/21 e dos 43,6% da média plurianual. As vendas chegaram a 42,0% no Mato Grosso, 41,0% na Bahia e Tocantins e 40,1% no Piauí”, conclui a consultoria.

Fonte:Agrolink

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