O que esperar do mercado da soja?

O Brasil terá níveis de precipitações elevadas, principalmente no Centro-Oeste, com volumes entre 25 a 100mm. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o cenário será favorável para as lavouras, mas pode atrasar a colheita em algumas áreas específicas que já deram início.

Conforme a análise do o especialista Ruan Sene, analista de mercado da Grão Direto, no Rio Grande do Sul, a previsão permanece em cenário crítico em relação aos níveis de chuvas. Para a Argentina, o Serviço Meteorológico Nacional (SMN) sinaliza a continuidade de chuvas mais volumosas em boa parte do cinturão produtor. Caso todas essas condições se confirmem, poderá causar uma melhora nas condições das lavouras, consequentemente, pressionando as cotações de Chicago.

Nesta semana, a China volta ao mercado após o término do feriado do Ano Novo Chinês. Esse retorno é aguardado pois o mercado acredita em um aumento nas compras por parte do país asiático que tem tido uma diminuição nos seus estoques de soja. Somando os fatores de produção recorde no Brasil, e a China com estoques diminuindo, gera uma expectativa de que as compras da soja brasileira se intensifiquem com a retomada do maior importador de soja do mundo.

O dólar terá uma semana de muita oscilação, diante da reunião do Banco Central dos Estados Unidos, que deverá aumentar em 0,25% a taxa de juros norte-americana. As condições internas do Brasil devem influenciar bastante no valor do dólar, mas deve predominar o movimento de queda. O país continua bastante atrativo para receber capital estrangeiro, e esse investimento na economia brasileira pressiona as cotações para baixo.

Diante de todo esse cenário, a semana poderá ser marcada por queda nas cotações brasileiras, pressionado principalmente pela queda do dólar e intensificação da colheita no Brasil.

Fonte:Agrolink

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