Pesquisa apresenta duas novas variedades de soja

A Embrapa Soja, em parceria com a Fundação Meridional, lança, nesta terça-feira (08), no Show Rural Coopavel, em Cascavel (PR), duas novas cultivares de soja, sendo uma cultivar convencional (BRS 546) e uma cultivar transgênica RR (BRS 559RR). A parceria entre as duas instituições já rendeu 70 cultivares em duas décadas.
A BRS 546 é uma soja convencional altamente produtiva e que permite a semeadura antecipada, viabilizando sua inserção no sistema de sucessão e/ou rotação com outras culturas. Por ser convencional, há interesse interno e internacional, inclusive com pagamento de bônus aos produtores. “Seu outro diferencial é a alta produtividade, confirmada ao ser comparada com as cultivares mais produtivas do mercado”, explica o pesquisador Marcos Rafael Petek, da Embrapa Soja.

Com relação à sanidade, esta cultivar apresenta resistência às principais doenças da soja. Destaca-se pela resistência aos nematoides de galhas (Meloidogyne incognita e Meloidogyne javanica), que trazem prejuízos econômicos nas áreas atingidas pelo problema. “Portanto, esta cultivar deverá ser importante aliada para produtores da região de indicação”, explica o pesquisador Marcos Rafael Petek.

A BRS 546 pertence ao grupo de maturidade 6.0 e pode ser semeada em Goiás (RECs 301, 303, 401), Mato Grosso do Sul (RECs 204 e 301), Minas Gerais (RECs 301 e 303), Paraná (RECs 102,103, 201, 202, 204), Rio Grande do Sul (RECs 102) e Santa Catarina (RECs 102, 103).

A BRS 559RR é uma soja transgênica RR, com tolerância ao glifosato, portanto, pode ser usada como refúgio em áreas de soja Intacta. Associado a essa característica, apresenta excelente potencial produtivo e estabilidade de produção no Paraná (RECs 102, 103, 201). “Por ser precoce, do grupo de maturidade relativa 5.9, e poder ser semeada antecipadamente, possibilita a sua inserção no sistema de rotação e/ou sucessão com outras culturas”, diz Petek.

De acordo com o pesquisador, a cultivar é indicada para semeadura preferencialmente entre 15 de setembro e 25 de novembro. “Esta ampla janela de semeadura traz maior flexibilidade ao planejamento dos produtores”, destaca Petek. Segundo ele, a cultivar pode ser semeada em solos de média e alta fertilidade, utilizando a população de 10 a 14 plantas estabelecidas por metro linear. “Esta densidade de plantas deve variar em função da época de semeadura, fertilidade do solo e da altitude do local”, diz o pesquisador.

Também destaca-se pela resistência às principais doenças da soja, como por exemplo, resistência à podridão radicular de phytophthora (Phytophthora sojae), doença bastante relevante no Paraná, e moderada resistência ao nematoide de galhas (Meloidogyne javanica). “A resistência à podridão radicular de phytophthora agrega maior estabilidade de produção de grãos no Paraná, porque essa doença solo vem causando prejuízos na região Sul do país, sendo a resistência genética o método mais eficiente para o controle dessa doença”, ressalta Petek.

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