A Índia se tornará o terceiro mercado mundial de etanol, atrás apenas dos Estados Unidos e do Brasil, até 2026, segundo relatório recente da Agência Internacional de Energia (AIE), que destaca que o país triplicou sua demanda entre 2017 e 2021. Segundo a IEA, em 2017 a Índia consumiu cerca de 1 bilhão de litros de bioetanol. Em 2021, após uma série de incentivos para reduzir a importação de combustíveis fósseis, o consumo de biocombustíveis subiu para três bilhões de litros.
Estimulada pelo apetite crescente da Índia, a Ásia está a caminho de ultrapassar a Europa em termos de produção de biocombustíveis até 2026, acrescentou a agência. Enquanto a demanda anual de biocombustíveis crescerá 28% em relação aos níveis de 2021 até 2026, chegando a 186 bilhões de litros, o órgão estima que a Ásia será responsável por quase 30% da nova produção durante o período de previsão.
As políticas governamentais são vistas como o principal impulsionador da expansão da demanda. Outros fatores, como a demanda geral por combustível para transporte, custos e formulação de políticas específicas, também desempenharão um papel. O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, disse em junho que o governo havia resolvido avançar com a meta de misturar 20% de etanol na gasolina até 2025. Anteriormente, ela havia sido definida para 2030.
Analistas da CRISIL notaram recentemente que estima-se que cerca de 16-18 milhões de toneladas de gasolina vendidas serão substituídas devido à mistura de etanol. “A Índia terá um grande desafio para implementar seu mandato de mistura de 20% em apenas cinco anos, mas mesmo atingir 11% de mistura a tornaria o terceiro maior mercado de etanol do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e do Brasil”, afirmou o relatório da IEA.