Preços do lácteos caem e margem recua

Os preços dos lácteos no mercado atacadista seguiram em queda em novembro. No mercado Spot a tendência também foi de recuo. O crescimento sazonal da oferta de leite neste período, o maior estoque industrial e o fraco consumo acabou dificultando a sustentação nos preços. Na última semana do mês houve maior resistência nos preços. Os dados preliminares de captação de leite inspecionado mostraram um resultado bem abaixo do ano passado para o terceiro trimestre, queda de 5%, indicando que o aperto nas margens do produtor está afetando a produção. Esse ajuste negativo na oferta, por outro lado, tende a colocar um piso nas cotações. Os dados são do boletim CILeite, da Embrapa Gado de Leite.

Em relação ao leite UHT houve queda de -7,7% em novembro em comparação a outubro, sendo o litro cotado a R$ 3,18 no atacado paulista. Em relação a novembro do ano passado a queda é de -3,5%. No mesmo mês de 2020 o litro estava cotado a R$ 3,23. No spot houve queda de -11,2% em relação a outubro e de -5,9% em relação a novembro do ano passado.

Em novembro, o preço do leite ao produtor registrou nova queda, acumulando baixa de R$0,20/litro em relação a setembro. Para o pagamento de dezembro, os Conseleites indicaram recuo nas cotações. MG e PR caíram 3,6% e 5,9%, respectivamente. RS e SC ainda não divulgaram a resolução da última reunião, mas a tendência é de queda, em linha com atacado e Spot.

Milho e soja desaceleram

A maior oferta de milho com a comercialização da safrinha exerceu pressão de baixa nas cotações do milho. No entanto, o retorno das exportações ao longo de novembro ajudou a colocar um piso no preço do cereal. No farelo de soja também houve queda de preços em função do avanço no plantio da safra 2021/22, que praticamente se encerrou no Centro Oeste e segue em ritmo bom em outras regiões.

No milho, sobre outubro o recuo foi de -6,3%, com a saca de 60 kg cotada a R$ 83,72 e no ano alta de 4,9%. Em novembro do ano passado a mesma saca de 60 kg saía por R$ 80,31. Nofarelo de soja queda de -4,9% em relação a outubro. A tonelada custou R$ 2.315. Na comparação com novembro de 2020 o recuo é de -22%. Naquela época a tonelada custava R$ 2.794.

Fonte:Agrolink

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