A terça-feira continuou com vencimentos do milho caindo na B3, com maior desvalorização para vencimento em setembro, de acordo com informações que foram divulgadas pela TF Agroeconômica. “Não havia como ser diferente. Nesta terça-feira o mercado de milho, que neste momento está de olhos abertos ao clima, fez recuar novamente todos os principais vencimentos. Isto por que a volta das chuvas traz alguma esperança à produtividade de lavouras que se encontram a diversas semanas em seca”, comenta.
“Apesar destes movimentos, continua uma perspectiva, por parte de todos os analistas do mercado, de baixas em produtividade em todos os estados. Há espaço para mais quedas, segundo alguns veem, mas os fundamentos divergem daqueles a médio prazo, em que a safrinha deve ter uma redução total do pelo menos 20%. Em julho, as cotações fecharam em R$ 91,55 (-1,03%); setembro a R$ 90,80 (-1,3%); novembro a R$ 92,18 (-0,99%) e janeiro a R$ 93,85 (-0,27%)”, completa.
Em Chicago os sinais são de melhora no clima, o que impacta nas cotações. “Dados noturnos sobre o progresso do plantio da safra dos EUA e sinais de melhora do clima no meio-oeste combinaram para prejudicar os futuros do milho em Chicago na terça-feira, já que a falta de novos insumos e sinais de que o calor está começando a sair do mercado doméstico transformaram as perdas iniciais em uma grande queda”, indica.
“O dia não trouxe dados significativos para reverter o relatório de progresso da safra, que mostrou que o plantio agora atingiu 90%, um aumento de 10 pontos percentuais na média de cinco anos e um pouco acima das expectativas da maioria dos analistas. A emergência do milho também ficou 10 pontos acima da média, enquanto fontes comerciais domésticas relataram que os produtores de etanol começaram a reduzir seus níveis de oferta em um sinal de que as expectativas de preço do usuário final estão se reajustando mais abaixo”, conclui.