Os contratos futuros do açúcar fecharam a terça-feira (18) em alta nas bolsas de Nova York (açúcar bruto) e Londres (açúcar branco). Os analistas destacam que nem mesmo preocupações com a safra do Brasil ou temores de uma queda no consumo do adoçante, principalmente na Índia, devido ao agravamento da Covid-19, frearam a valorização da commodity.
Segundo a Reuters, por enquanto, “diante de um ambiente macroeconômico mais positivo, os preços provavelmente tentarão se consolidar acima dos 17 centavos (em Nova York)”, conforme apurado com alguns analistas.
Ontem, o vencimento julho/21 da ICE, de NY, fechou cotado em 17,21 centavos de dólar por libra-peso, alta de 22 pontos, ou 1,3% no comparativo com os preços de segunda-feira. O vencimento outubro/21, por sua vez, subiu 24 pontos, negociado em 17,36 cts/lb. As demais telas oscilaram, para cima, entre 14 e 22 pontos.
Outro ponto destacado pelos analistas ouvidos pela Reuters é a possibilidade de o excedente exportável de açúcar previsto para a Índia ser convertido para a produção de etanol, graças ao plano do governo indiano de aumentar a mistura do biocombustível na gasolina consumida por eles.
“A produção de açúcar da União Europeia deve avançar em 800 mil toneladas em 2021/22, para 14,7 milhões de toneladas, apesar de uma queda marginal no cultivo de beterraba sacarina”, trouxeram os mesmos analistas.
Açúcar branco
Em Londres, o açúcar branco também fechou em alta em todos os lotes. Os contratos para agosto/21 foram firmados em US$ 457,70 a tonelada, valorização de 4,70 dólares no comparativo com a véspera. Já o lote para outubro/21 subiu 4,30 dólares, negociado em US$ 459,10 a tonelada. Os demais contratos subiram entre 2,80 e 4,20 dólares.
Açúcar cristal
No mercado interno, medido pelo Cepea/Esalq, da USP, o açúcar cristal fechou a terça-feira em baixa. Ontem, a saca de 50 quilos foi negociada em R$ 115,00, desvalorização de 0,61% no comparativo com os preços de segunda-feira.
Etanol hidratado
O etanol hidratado, medido pelo Indicador Diário Paulínia, recuou 1,97% nesta terça-feira, com o metro cúbico negociado em R$ 2.981,50, contra R$ 3.041,50 o m³ praticado na véspera. Esta foi a quinta queda consecutiva do indicador.