Dependente do comportamento da economia em geral pelo peso que têm os setores de alimentos e bebidas, a agroindústria do país corre o risco de patinar em 2019 e nos dois próximos anos caso as reformas estruturais que estão na agenda do governo de Jair Bolsonaro e do Congresso permaneçam no atoleiro.
É o que aponta o Índice da Produção Agroindustrial Brasileira (PIMAgro) desenvolvido pelo Centro de Estudos em Agronegócios da Fundação Getulio Vargas (FGV Agro) e calculado com base, principalmente, nas variações do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), da taxa de câmbio e do Índice de confiança do Empresário da Indústria de Transformação (ICI) da FGV.
Nos cruzamentos mais pessimistas entre esses dados – o que inclui o piso das estimativas para o PIB, mas um dólar mais atraente para as exportações -, o PIMAgro sinaliza crescimento de 0,22% para a agroindústria em 2019 e avanços de 0,16% em 2020 e de 0,1% em 2021. Nos cenários mais otimistas, que perdem força a cada semana de divergências em torno da reforma da Previdência, os incrementos chegam a 4,15%, 4,38% e 4,02%, respectivamente.
Fonte: Valor Econômico