De acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica, mercado gaúcho de trigo está muito retraído, com preço em torno de R$ 1.410,00 CIF. “O mercado gaúcho de trigo está muito retraído. Com moagem reduzida em 30% e preços que não fecham as contas, a maior parte dos moinhos decidiu reduzir o volume ao invés de reduzir a margem, no que fazem muito bem, para garantir a sua sobrevivência”, comenta.

Em Santa Catarina, foram vistas ofertas recebidas pelos moinhos que equivalem a R$ 1.600,00 CIF. “As ofertas que os moinhos catarinenses estão recebendo (mas não fechando) resultam em, no mínimo, R$ 1.600,00 CIF, valor absolutamente fora da casinha para as contas das farinhas atualmente. Por esta razão, também preferem reduzir a sua moagem a aumentar o seu prejuízo, ou comprometer os estoques de trigo”, completa.

No Paraná, o aumento do frete aumenta o spread entre compradores e vendedores. “O aumento do frete está aumentando o spread entre o que pedem os compradores, que se posicionaram hoje a R$ 1.480,00 para entrega março e pagamento em abril e os vendedores, que continuam pedindo R$ 1.600,00 FOB, para março/abril. Com isto, o mercado continuou bem travado. Moinhos bem comprados, vendedores bem vendidos”, indica.

Chegando ao fim a disponibilidade em Minas Gerais, os moinhos pensam na importação. “Analista local estima que a disponibilidade de trigo local para comercialização não ultrapassa 5 mil toneladas. Mas, geralmente os moinhos mineiros tratam de garantir o seu estoque para o ano na safra, devendo estar abastecidos por pelo menos mais dois meses inteiros. A necessidade de importação viria a partir de maio e encontraria a nova colheita já em junho, uma vez que Minas é um dos primeiros trigos colhidos no Brasil”, conclui.