Colheita do milho está praticamente encerrada e produtividades variam entre 100 e 120 sacas por hectare. Produtores agora se preocupam com clima e rentabilidade para a próxima safra de soja 2019/20 que deve ser plantada logo após o término do vazio sanitário em 20 de setembro
Evento está marcado para 28 de agosto, no Plenário da Assembleia Legislativa, em Curitiba
A Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) irá promover, no dia 28 de agosto, uma Audiência Pública para esclarecer pontos sobre o fim da vacinação contra a febre aftosa no Estado. Organizada pelo deputado estadual e presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Alep, Antônio Anibelli Neto, o evento irá reunir lideranças do setor, autoridades, especialistas em sanidade e pecuaristas. A retirada da vacina é parte do processo de reconhecimento do Paraná como área livre de aftosa sem vacinação, status que irá contribuir para que produtos da pecuária estadual alcancem mercados internacionais mais exigentes e que remuneram mais.
O evento é considerado o último ato do Fórum Regional Paraná Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação, promovido pelo governo paranaense, em parceria com o Sistema FAEP/SENAR-PR e outras entidades do setor, ao longo dos meses de maio e junho. No total, mais de 4,5 mil pessoas, entre produtores, lideranças do setor, técnicos, estudantes e representantes do poder público, participaram dos encontros, promovidos em seis municípios do Estado: Paranavaí, Cornélio Procópio, Guarapuava, Pato Branco, Cascavel e Curitiba.
Em ocasiões passadas, na tribuna da Alep, Anibelli Neto já apontou que a conquista do novo status representaria um atestado de sanidade ao Paraná, que traria uma série de benefícios econômicos ao Estado, principalmente à pecuária. “É o sonho de milhares de paranaenses que o Estado seja livre de aftosa sem vacinação”, disse, em pronunciamento.
O processo de consolidação do sistema sanitário do Paraná se construiu ao longo de décadas, e contou com participação decisiva do Sistema FAEP/SENAR-PR. Entre os fatores decisivos para a estruturação deste modelo, está o estímulo à formação de Conselhos de Sanidade Animal (CSAs), a criação do Fundo de Desenvolvimento da Agropecuária do Estado do Paraná (Fundepec) e a realização constante de fóruns e capacitações com vistas a fortalecer de forma contínua cada etapa do sistema de sanidade do Estado.
Toda essa excelência foi comprovada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). No ano passado, auditores do Mapa atestaram que o sistema de sanidade do Paraná é o mais eficiente do Brasil, com índices que superam Santa Catarina, único Estado que detém, hoje, o reconhecimento como área livre de aftosa sem vacinação.
Conforme o Mapa, o Paraná superou a pontuação exigida em 48% dos quesitos e, em 35% dos itens, atingiu o patamar necessário. Em apenas 16% dos pontos analisados, o índice ficou abaixo da meta – o que fez com que o Estado desenvolvesse um plano de ação, que está em fase de finalização.
Por: Agrolink com inf. de assessoria