Mercado do Oriente Médio continua aquecido

Em 2020 as exportações do agronegócio brasileiro atingiram o patamar de US$ 100,81 bilhões de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), dados compilados pelo Insper.

A cada ano, a bandeira brasileira é mais vista em embalagens com destinos aos países árabes, inclusive aos que pertencem ao Oriente Médio. Do total de exportações para estes países, que somaram US$ 8,8 bilhões, as carnes de frango foram responsáveis por 21%, com receita de US$ 1,83 bilhão; carne bovina, por 6,8%, gerando US$ 604 milhões; açúcares e melaço por US$ 1,33 bilhão, com 15% de market share e milho US$ 1,050 bilhão.

Outro importante mercado é o asiático. Dos US$ 99,1 bilhões de receita gerada com as exportações gerais, a China foi responsável por 68%, resultando em US$67,7 bilhões. O Japão comprou US$ 4,1 bilhões, Coreia US$ 3,8 bilhões, Cingapura US$ 3,6 bilhões e Indonésia, o maior país muçulmano, US$ 2,1 bilhões. Em agronegócio, a soja foi a responsável por 24% deste montante, chegando a gerar um valor de US$ 23,4 bilhões. A carne bovina gerou receita US% 5,1 bilhões (participação de 5% das exportações); açúcares e melaço US$ 3,4 bilhões e algodão e milho por US$ 5,4 bilhões. “Os investimentos em certificação halal estão crescendo a cada ano, principalmente, em agronegócio.

Num passado não muito distante, o Brasil certificava somente proteínas. Hoje, temos a oportunidade de certificar commodities como soja, milho, café, arroz, queijo, além de produtos lácteos, lubrificante de alimentos, entre outros . O objetivo é certificar toda a cadeia produtiva. O selo halal não é destinado somente à comunidade muçulmana, mas a toda população que busca por alimentos seguros e com rastreabilidade”, comenta o gerente Comercial da Cdial Halal, Omar Chahine.

Atualmente, são 1.8 bilhão de muçulmanos no mundo e a previsão é chegar a 3 bilhões até 2030. Conforme dados do State of the Global Islamic Economy Report (Relatório Global da Economia Isâmica), os gastos com produtos halal no mundo (comida, fármaco, cosmética, lifestyle e outros) podem chegar a simples cifras de US$ 3,2 trilhões até 2024.

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