Índia exige certificado para evitar feijão OGM do Brasil

“Tanto aqui no Brasil como no exterior os consumidores não querem o feijão OGM (Organismo Geneticamente Modificado)”, afirma o Ibrafe (Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses). De acordo com a entidade, as empresas “estão buscando todas as tecnologias possíveis para defender suas marcas”.

“Quando começamos a exportar, no fim dos anos 2000, apareceram traços de OGM em lotes exportados para Índia. Foram detectados lá e aqui e uma das hipóteses é que havia ‘pó de soja’ na moega por onde o Feijão passou. Agora, a Índia solicitou que o Brasil examine cada lote exportado para lá, pois não querem correr o risco de receber algo com modificação genética”, explica o presidente do Instituto, Marcelo Lüders.

De acordo com ele, é sabido que o feijão OGM foi multiplicado e que alguém plantou. “Portanto, tenha em conta esta dificuldade mais à frente. Isto significa custo e demora. Um laudo demora para ficar pronto e custa caro”, acrescenta o dirigente da entidade mais representativa do setor de pulses no Brasil.

Segundo Marcelo Lüders, os exportadores deverão solicitar a emissão do certificado na unidade da Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) de saída da mercadoria. “Mas, para chegar lá, o exportador vai buscar ter certeza antes de chegar no porto, ou mesmo antes de comprar. Feijão-carioca não se exporta, é verdade. Mas seguro morreu de velho. Não descarte a possiblidade de que os supermercados também busquem ter garantias de não OGM”, conclui o dirigente do Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses.

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