Colheita de algodão começa na Bahia

A Bahia, segundo maior produtor de algodão do país, começa a colher a safra de algodão 2019/2020. A produção, estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de 1,5 milhão de toneladas (caroço e fibra), um pouco acima da safra passada que foi recorde, alta de 1,8%.

Com o plantio iniciado em dezembro passado, a safra ocupa uma área total de 350 mil hectares, um avanço de 5,4% e a perspectiva é de atingir a produtividade média acima de 300 arrobas por hectare. O estado fica somente atrás de Mato Grosso, que deve colher 4,5 milhões de toneladas, em uma área de 1,101 milhão de hectares.

Mesmo com o cenário do coronavírus e da queda nos preços, o presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Júlio Cézar Busato, diz que há otimismo na condução das lavouras. “Este ritmo de crescimento na produtividade nas lavouras deve se manter, principalmente por conta do pacote tecnológico em sementes, adubos e defensivos modernos utilizados, principalmente na prevenção e combate a pragas como o bicudo do algodoeiro, além da modernização no processo de produção do algodão e capacitação das pessoas que conduzem as lavouras e o beneficiamento da cultura”, reforça.

Na próxima safra a previsão é a área plantada caia entre 10% a 20%. A Bahia contribui com a participação de 25% da safra nacional, sendo considerada a área agrícola com a maior produtividade de algodão não irrigado do mundo.

Ainda segundo o presidente da Abapa, a Bahia conta com uma estrutura técnica desenvolvida para o algodão somada às condições naturais da região Oeste, como solos planos e férteis possibilitados pela tecnologia agrícola, por meio de fertilizações e do incremento da matéria orgânica, estações de chuvas regulares e bem definidas, disponibilidade de água para irrigação e clima propício para a cultura. “Estas condições reunidas tornam o algodão baiano um dos melhores do mundo”, diz.

Top